terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Apresentação

Nosso papo começa a partir de uma breve apresentação sobre o tema inspirador do blog, o Arcadismo. Mas antes disso, convidamos você, querido leitor, a degustar uma bela xícara de café com creme admirando a pintura arcadista que ornamenta a imagem de fundo do blog.




O termo arcadismo deriva de Arcádia, região da antiga Grécia, localizada na parte central do Peloponeso. Desde a antiguidade, Arcádia foi associada a uma região mítica, cujos habitantes entremeavam trabalho com poesia, cantando o paraíso rústico em que viviam como a terra da inocência e da felicidade. Na renascença, a palavra Arcádia assumiu conotação de um lugar ideal para se viver, sinônimo de equilíbrio e serenidade de espírito.

O Arcadismo, enquanto movimento literário que exalta a natureza e tudo o que lhe diz respeito, também chamado de Neoclassicismo e Setecentismo, surgiu na Europa no século XVIII na sequência da decadência do movimento Barroco, um período em que se vivenciou importantes transformações culturais e científicas. Derivou, pois, do espírito Iluminista, cujo objetivo era a recuperação dos gêneros, formas e técnicas clássicas. Associado à decadência do pensamento Barroco e ao surgimento dos valores burgueses, primou por uma poesia sem os excessos e contradições do Barroco.

Sua literatura consiste de uma produção artística mais simples e espontânea, expressando uma visão mais sensualista da existência e propondo uma volta à natureza que prioriza um contato maior com a vida simples do campo. Por isso que os poetas árcades recriam paisagens com pastores cantando e vivenciando uma vida saudável e simples tocando seu rebanho, característica esta denominada bucolismo, a principal da poesia árcade.

Para finalizar o post de hoje, fiquem com um poema de Cláudio Manuel da Costa, que ilustra muito bem o espírito arcadista:


“Se sou pobre pastor, se não governo

Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes;
Se em frio, calma, e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;

Nem por isso trocara o abrigo terno

Desta choça, em que vivo, co’as enchentes
Dessa grande fortuna: assaz presentes
Tenho as paixões desse tormento eterno.”

Um abraço e até a próxima!




Descomplicando o Arcadismo

Olá, pessoal!

Continuando com o nosso papo sobre Arcadismo, achamos esta vídeoaula super bacana da Professora Lucia Deborah, que faz um passeio literário pelo movimento, simplificando bastante o entendimento sobre o tema literário que estamos explorando. O vídeo faz parte de um canal do YouTube chamado Descomplica, que oferece mais de TRÊS MIL aulas para aprender sobre temas diversos de forma divertida e direto ao ponto, segundo seus organizadores.

Vamos conferir!



Outra opção interessante, especialmente para quem não tem muita paciência para assistir a vídeoaulas mais formais e prefere algo mais desconstraído, são os vídeos educacionais que utilizam-se de paródias literárias, como esse abaixo, que parodia a música da banda NxZero "Entre Razões e Emoções", a fim de facilitar a aquisição do conhecimento.



E aí, o que acharam? Gostaram?

Deixem seus comentários!

Aprofundando a Conversa

Olá, queridos leitores!

Após uma breve introdução sobre o movimento literário arcadista, que tal apronfundarmos o conteúdo um pouquinho mais a fim de construir um conhecimento mais consistente?

Primeiramente, há que se considerar o que estava acontecendo no mundo quando o movimento tomou corpo. Historicamente, o Arcadismo desenvolveu-se em meio às tensões do Antigo Regime, da Revolução Francesa e do Iluminismo, ou seja, um período de profundas mudanças  no contexto histórico mundial, e opôs-se aos conflitos e exageros do movimento Barroco que o antecedeu. Teve, portanto, características reformistas e seu intuito era dar novos ares às artes, ao ensino, aos hábitos e atitudes da época, acompanhando o espírito de renovação que pairava naquele determinado momento histórico. O Absolutismo, que imperava até então, isto é, reis que gozavam de poderes absolutos, entrou em crise e começou a enfraquecer frente aos ideais renascentistas e iluministas que ganhavam força rapidamente.

O ser humano passou, então, a ser mais valorizado em sua essência, criando um tensão entre a simplicidade do homem e os luxos da nobreza, vida natural versus vida urbana, sendo que acreditava-se que esta última é que corrompia o homem. O Arcadismo, portanto, surge como uma arte que representa a valorização do homem e do natural, fruto das mudanças histórico-sociais e em consonância com os novos ideais que surgiram na época.

Assim, o Arcadismo, enquanto movimento que se opunha à vida nos centros do Antigo Regime e que primava pelas coisas simples, trouxe a ideia de uma vida livre, sem ninguém controlando as vontades e pensamentos do ser. O conceito de vida livre foi fortemente influenciada pelos ideais do famoso iluminista francês, Jean Jacques Rousseau, que dizia que a vida livre trazia o homem bom em sua essência, pois este seguia seus próprios princípios e regras. A civilização corrompia o homem, pois ele deixa de seguir seus princípios naturais, agindo de acordo com leis impostas.

Tem-se, então, que a arte arcadista buscava representar o natural, a vida nos campos, com a pobreza e o trabalho que valoriza o homem enquanto ser, trazendo felicidade e realizações pessoais. Assim, nada mais natural do que a temática da literatura arcadista se voltar ao universo pastoril e bucólico dos campos sob uma ótica cotidiana.

Podemos destacar, assim, as seguintes características principais do movimento arcadista:


  • Inspirou-se em modelos clássicos greco-latinos e renascentistas;
  • Foi influenciado pela filosofia iluminista francesa;
  • Ideia do bom selvagem, expressão criada pelo filósofo Jean-Jacques Rousseau: denota a pureza dos nativos da terra, faz menção à natureza e à busca pela vida simples, bucólica e pastoril;
  • Revela a tensão de uma sociedade em transformação;
  • Pastorialismo: poetas simples e humildes;
  • Bucolismo: busca pelos valores da natureza;
  • Nativismo: referências à terra e ao mundo natural;
  • Espontaneidade dos sentimentos;
  • Exaltação da natureza, da pureza, da ingenuidade e da beleza.

Uma curiosidade: os termos em latim eram amplamente utilizados na época e estavam associados a um estilo de vida simples e bucólico.


Carpe diem, uma das expressões mais famosas e que ainda continua em uso nos dias de hoje, especialmente em postagens de vibração super positivas em redes sociais, também se fez muito presente no contexto arcadista de então. Ao contrário do Barroco, que concebia o carpe diem sob uma perspectiva negativa, pensando na efemeridade da vida e no pecado que é gozá-la, o Arcadismo não se preocupava com o pecado, mas sim apenas desejava viver o momento com simplicidade, o que justifica sua linguagem simples e adaptada ao homem do campo.

Confira mais algumas expressões:

Inutilia truncat, ou "cortar o inútil", que refere-se aos excessos cometidos pelas obras do Barroco.

Fugere urbem: fugir da cidade.

Locus amoenus: lugar ameno, um refúgio do caos dos centros urbanos monárquicos.

Agora a pergunta que não quer calar:

Por que os árcades defendiam tanto a vida simples, campesina e bucólica, se eles mesmos eram todos burgueses inseridos em grandes centros urbanos?

Essa é a crítica a eles atribuída, pois essa contradição foi encarada como um fingimento poético e eles foram acusados de simularem sentimentos que, na prática, não existiam.

Por hoje é só, pessoal! Fiquem agora com algumas belas imagens que representam o ideal arcadista.

Um abraço e até a próxima!









Arcadismo no Brasil

Dando continuidade ao nosso Café com Arcadismo, após compreender o contexto histórico desta escola literária e assimilar suas principais características, chegou a hora de conversarmos sobre os reflexos desse movimento no Brasil.

O Arcadismo desembarcou por aqui por volta de 1768, em Minas Gerais, através de estudantes brasileiros que voltavam da Europa com ideais iluministas. Os árcades brasileiros tentaram adaptar o Arcadismo português ao Brasil, com o índio no posto de homem natural que a civilização corrompeu e a paisagem mineira como o ideal de natureza e paisagem bucólica árcade.

Apesar de ainda apresentar traços do cultismo barroco na produção de alguns poetas, a maioria deles procurou seguir as convenções dos neoclassicistas europeus, que abaixo vamos recapitular:

  • Utilização de personagens mitológicos;
  • Idealização da vida campestre (bucolismo);
  • Eu lírico caracterizado como um pastor e a mulher amada como uma pastora;
  • Ambiente tranquilo, idealização da natureza, cenário perfeito e aprazível (locus amoenus);
  • Visão da cidade como local de sofrimento e corrupção (fugere urbem, fugir da cidade em latim);
  • Elogio ao equilíbrio e desprezo às extremidades;
  • Desprezo aos prazeres do luxo e da riqueza (estoicismo);
  • Cortar o inútil;
  • Aproveitamento do momento presente, aproveitar a vida, devido à incerteza do amanhã. Vivência plena do amor durante a juventude, porque a velhice é incerta.

Além das características trazidas da Europa, o Arcadismo no Brasil adquiriu algumas particularidades temáticas. A poesia épica do Arcadismo brasileiro trouxe inovações para esta escola, que a diferenciou ainda mais do modelo europeu. Temas da história colonial em meio à descrição da paisagem tropical do país e a inserção do índio como herói, mesmo que ainda coadjuvante do homem branco. São as novas perspectivas que começam a delinear uma literatura nacionalista, a ser fundada durante o Romantismo.

Neste contexto, podemos destacar as seguintes características principais do movimento arcadista brasileiro:
  • Inserção de temas e motivos não existentes no modelo europeu, como a paisagem tropical, elementos da flora e da fauna do Brasil e alguns aspectos peculiares da colônia, como a mineração, por exemplo;
  •  Episódios da história do país, nas poesias heróicas;
  • O índio como tema literário.
No próximo post conversaremos sobre os principais autores da literatura árcade brasileira. Não perca! Até lá!

Poetas Arcadistas Brasileiros

Olá, pessoal!

Estamos quase chegando ao fim de nossos papos sobre o Arcadismo, mas ainda temos alguns pontos importantes para discutir e curtir.

Dentre os principais autores da literatura árcade no Brasil, temos Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga, Basílio da Gama, Santa Rita Durão, entre outros. A poesia lírica, por aqui, fica a cargo, principalmente, de Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, sendo deste último a principal obra árcade do país: Marília de Dirceu.

Cláudio Manuel da Costa


Foi ele o introdutor do Arcadismo no Brasil. Na vida pessoal, estudou Direito em Coimbra e voltou à terra natal para exercer a profissão e cuidar de sua herança. Apesar da vida pacata em Vila Rica, foi uma das vítimas do rigor com que o governo português tratou os participantes da Inconfidência Mineira. Preso em maio de 1789, após um interrogatório foi encontrado enforcado em seu cárcere. Há a hipótese de ter sido assassinado.

Como poeta de transição, sua poesia ainda está ligada ao cultismo barroco em vários aspectos. Mesmo assim, era respeitado, admirado e tido como mestre por outros poetas árcades, como Tomás Antônio Gonzaga e Alvarenga Peixoto. Sua obra lírica é constituída, principalmente, de éclogas e sonetos. Dentre elas, são dignas de destaque Obras poéticas - obra que introduziu o Arcadismo – e Vila Rica - poema épico.

Soneto (Cláudio Manuel da Costa)
Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci: oh! quem cuidara
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!


Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra meu coração guerra tão rara
Que não me foi bastante a fortaleza.

Por mais que eu mesmo conhecesse o dano
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano;

Vós que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei: que Amor tirano
Onde há mais resistência mais se apura.


Tomás Antônio Gonzaga


Português de nascimento, Tomás Antônio Gonzaga passou sua infância no Brasil. Voltou a Portugal e se formou em Coimbra. A partir de 1782 passou a exercer o cargo de ouvidor em Vila Rica. Apaixonou-se aos 40 anos de idade por Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, de 17 anos. A família da moça se opôs ao namoro. Quando estava prestes a vencer as resistências, foi preso e enviado para a ilha das Cobras no Rio de Janeiro, por ter participado da Inconfidência Mineira, em 1789. Passou os últimos anos de sua vida exilado em Moçambique, casado com a filha de um comerciante de escravos. Nunca se casou com Maria Dorotéia, mas transformou esse namoro no primeiro mito amoroso da literatura brasileira e nele inspirou uma das mais importantes obras líricas da língua, As Liras, popularmente conhecidas como Marília de Dirceu, e que se configurou como a obra poética de maior relevância do século XVIII do Brasil e do Neoclassicismo em língua portuguesa.

Duas tendências são perceptíveis nas liras de Gonzaga:

·    O equilíbrio e o contentamento do Arcadismo, além da utilização das paisagens neoclássicas: o pastor, a pastora, o campo, a serenidade do local etc.;
·        O pré-Romantismo representado no emocionalismo, na manifestação pungente da crise amorosa e, logo após, na prisão, que reproduzem a crise existencial do poeta.

Dividida em duas partes mais uma terceira, cuja autenticidade é contestada por alguns críticos, Stefani Joanne narra o drama amoroso vivido por Gonzaga e Maria Dorotéia.

·       1ª parte: reúne os poemas anteriores à prisão de Gonzaga. Nela é mais evidente as composições convencionais: Dirceu contempla a beleza da pastora Marília em pequenas odes anacreônticas. Em algumas liras, o poeta não consegue disfarçar suas confissões amorosas. Mostra-se ansioso por amar uma moça muito mais jovem, por querer demonstrar que merece o coração da amada. Também faz projetos para o futuro ao lado da moça.

·        2ª parte: escrita na prisão da ilha das Cobras. Traduzem a solidão de Dirceu, saudoso de Marília. Esta é considerada a parte de maior qualidade, pois, apesar das convenções ainda presentes, já não consegue sustentar o equilíbrio neoclássico. Há certo pessimismo confessional que já prenunciam o emocionalismo romântico, utilizando Marília como pretexto para falar de seu sofrimento, de si mesmo. Ações que são consideradas pré-romântica para alguns.

·        3ª parte: possivelmente escrita depois da prisão, a terceira parte fala de traições, desenganos, amores, que inclusive não são mais dedicados somente a Marília, que já não aparece com tanta frequência. Essa parte parece evidenciar uma tentativa (ou não) de superação por parte de Dirceu. Alguns críticos contestam a autenticidade dessa última parte.

Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!

José Basílio da Gama


Foi um poeta luso-brasileiro do Brasil Colônia que escrevia sob o pseudônimo Termindo Sipílio. Era filho de pai português e mãe brasileira. Ficou órfão e foi para o Rio de Janeiro. Entrou em 1757 para a Companhia de Jesus. Dois anos depois, a ordem foi expulsa do Brasil e o poeta foi para Portugal e depois para Roma, onde foi admitido na Arcádia Romana. De volta a Lisboa, por suspeita de jansenismo, foi condenando ao degredo em Angola; salvou-o um epitalâmio que dedicou à filha do marquês de Pombal, que o indultou e protegeu. Em 1769, publica o poema épico O Uraguai, que tem por assunto a guerra movida por Portugal aos índios das missões do Rio Grande do Sul (Sete Povos das Missões). Mais tarde foi nomeado oficial da Secretaria do Reino. Foi, também patrono da Academia Brasileira de Letras.


SONETO

Entro pelo Uraguai: vejo a cultura
Das novas terras por engenho claro;
Mas chego ao Templo magnífico e paro
Embebido nos rasgos da pintura.
Vejo erguer-se a República perjura
Sobre alicerces de um domínio avaro:
Vejo distintamente, se reparo,
De Caco usurpador a cova escura.
Famoso Alcides, ao teu braço forte
Toca vingar os cetros e os altares:
Arranca a espada, descarrega o corte.
E tu, Termindo, leva pelos ares
A grande ação já que te coube em sorte
A gloriosa parte de a cantares


Fim?

Após fazer um passeio virtual pelo Arcadismo, fica a pergunta: será este o fim?

A resposta é não. A ideia é internalizar a aprendizagem refletindo sobre as implicações do movimento literário estudado, que aconteceu em um tempo tão longínguo, nos dias de hoje.

Então, a pergunta é: quais as influências do movimento arcadista na atualidade?

Recapitulando o que foi dito anteriormente sobre o carpe diem, essa filosofia de vida ainda se faz muito presente na atualidade. Em um mundo repleto de problemas, a chave para a felicidade é saber aproveitar a vida ao máximo, não devendo deixar para amanhã o que é possível fazer hoje. O mesmo se aplica para a ideia do fugere urbem. É crescente o número de pessoas que desejam se refugiar na natureza, em áreas afastadas das metrópoles, afastando-se de problemas urbanos, como o trânsito e a poluição. O mercado se aproveita disso para lucrar, utilizando-se de um marketing que exalta a fuga da cidade e a proximidade da natureza. Exemplo disso são os hotéis, pousadas, espaço para eventos, entre outros, que são localizados em áreas mais afastadas dos grandes centros e usam isso a seu favor na hora de promover seu negócio.

E você, conseguiria dar mais algum exemplo da influência do arcadismo nos dias de hoje?

Para quem quer ir além, aprofundando-se ainda mais em seus estudos sobre o arcadismo, indicamos uma pesquisa no Google Acadêmico, que é uma ferramenta de pesquisa do Google que permite pesquisar em trabalhos acadêmicos, literatura escolar, jornais de universidades e artigos variados. Há uma ampla gama de opções relativas ao arcadismo, bem como a literatura como um todo.

Divirtam-se e boa pesquisa!

Exercícios de Fixação

Agora chegou a hora de brincarmos um pouquinho para ver se vocês assimilaram o conteúdo. Para tanto, vamos propor alguns exercícios retirados de provas de vestibular sobre o movimento arcadista. Vamos lá?

1. (UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.

(   ) O arcadismo tem como um dos traços principais a inspiração clássica.
(   ) A natureza é a base da sabedoria para os árcades.
(   ) O Arcadismo brasileiro se caracteriza por sua forte religiosidade.
(   ) Tomás Antônio Gonzaga nos deixou uma poesia marcada pela pobreza de expressão e pela banalidade.
(   ) O melhor da produção dos árcades brasileiros está no teatro.

2. (UFPA) O Arcadismo é um estilo de época que pode ser definido, segundo o que determina a seguinte afirmação:

a) Nesse período o homem é regido pelas leis físico-químicas, pela hereditariedade e pelo meio social
b) A poesia dessa época dá ênfase ao poder de vidência do artista.
c) Destaca-se nessa fase certo gosto pelo equilíbrio, pela simplicidade e pela harmonia, a partir dos modelos clássicos antigos.
d) Há nessa Escola literária uma tendência à valorização do humor, com vistas a afugentar as circunstâncias desagradáveis da vida.
e) Enfatiza-se na criação poética, desse momento, a utilização do valor sugestivo da música.

3. (UFLAVRAS)
"Que diversas que são, Marília, as horas
Que passo na masmorra imunda, e feia,
Dessas horas felizes já passadas
Na tua pátria aldeia!"

Esses versos de "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga, caracterizam:

a) a primeira parte da obra, o namoro.
b) a felicidade da futura família.
c) o sonho de realizar a Inconfidência.
d) a segunda parte da obra, a cadeia.
e) o sonho de um futuro feliz ao lado da amada.

4. (UFPB) Na poesia arcádica ou neoclássica, NÃO se encontra

a) a influência das idéias iluministas. 
b) a valorização do campo em detrimento da cidade.
c) a ênfase na interpretação subjetiva da realidade.
d) o retorno aos ideais greco-latinos.
e) a adoção de pseudônimos pelos poetas, que se figuravam pastores.

5. (UFRS) Leia as afirmações abaixo sobre o Arcadismo brasileiro.

I - Os poetas árcades colocavam-se como pastores para realizarem, dessa forma, o ideal de uma vida simples em contato com a natureza.
II - O Arcadismo brasileiro, embora tenha reproduzido muito dos modelos europeus, apresentou características próprias, como a incorporação do elemento indígena e a sátira política.
III - O tema do "Carpe diem", em que o poeta expressa o desejo de aproveitar intensamente o momento presente, fugaz e passageiro, foi ignorado pelos árcades brasileiros, excessivamente racionalistas.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

6.(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
( ) A maior parte da lírica de Tomás Antônio Gonzaga é composta por poemas de difícil compreensão. ( ) Com a literatura dos árcades surge na poesia a exaltação da paisagem brasileira e temas como a família. ( ) Pastores e pastoras numa paisagem bucólica, este é um dos elementos da literatura arcádica brasileira. ( ) Vários poetas pertencentes ao Arcadismo brasileiro foram presos por escreverem romances com assuntos políticos. ( ) O Arcadismo brasileiro não nos deixou poemas épicos, estando sua produção limitada à poesia lírica.


Para conferir as respostas, clique aqui.


Respostas - Exercícios de Fixação

Agora vamos conferir as respostas dos exercícios de fixação propostos.

1. (UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.

(V) O arcadismo tem como um dos traços principais a inspiração clássica.
(V) A natureza é a base da sabedoria para os árcades.
(F) O Arcadismo brasileiro se caracteriza por sua forte religiosidade.
(F) Tomás Antônio Gonzaga nos deixou uma poesia marcada pela pobreza de expressão e pela banalidade.
(F) O melhor da produção dos árcades brasileiros está no teatro.

2. (UFPA) O Arcadismo é um estilo de época que pode ser definido, segundo o que determina a seguinte afirmação:

a) Nesse período o homem é regido pelas leis físico-químicas, pela hereditariedade e pelo meio social
b) A poesia dessa época dá ênfase ao poder de vidência do artista.
c) Destaca-se nessa fase certo gosto pelo equilíbrio, pela simplicidade e pela harmonia, a partir dos modelos clássicos antigos.
d) Há nessa Escola literária uma tendência à valorização do humor, com vistas a afugentar as circunstâncias desagradáveis da vida.
e) Enfatiza-se na criação poética, desse momento, a utilização do valor sugestivo da música.

3. (UFLAVRAS)
"Que diversas que são, Marília, as horas
Que passo na masmorra imunda, e feia,
Dessas horas felizes já passadas
Na tua pátria aldeia!"

Esses versos de "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga, caracterizam:

a) a primeira parte da obra, o namoro.
b) a felicidade da futura família.
c) o sonho de realizar a Inconfidência.
d) a segunda parte da obra, a cadeia.
e) o sonho de um futuro feliz ao lado da amada.

4. (UFPB) Na poesia arcádica ou neoclássica, NÃO se encontra

a) a influência das idéias iluministas. 
b) a valorização do campo em detrimento da cidade.
c) a ênfase na interpretação subjetiva da realidade.
d) o retorno aos ideais greco-latinos.
e) a adoção de pseudônimos pelos poetas, que se figuravam pastores.

5. (UFRS) Leia as afirmações abaixo sobre o Arcadismo brasileiro.

I - Os poetas árcades colocavam-se como pastores para realizarem, dessa forma, o ideal de uma vida simples em contato com a natureza.
II - O Arcadismo brasileiro, embora tenha reproduzido muito dos modelos europeus, apresentou características próprias, como a incorporação do elemento indígena e a sátira política.
III - O tema do "Carpe diem", em que o poeta expressa o desejo de aproveitar intensamente o momento presente, fugaz e passageiro, foi ignorado pelos árcades brasileiros, excessivamente racionalistas.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

6.(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas.
(F) A maior parte da lírica de Tomás Antônio Gonzaga é composta por poemas de difícil compreensão. (V) Com a literatura dos árcades surge na poesia a exaltação da paisagem brasileira e temas como a família. (V) Pastores e pastoras numa paisagem bucólica, este é um dos elementos da literatura arcádica brasileira. (F) Vários poetas pertencentes ao Arcadismo brasileiro foram presos por escreverem romances com assuntos políticos. (F) O Arcadismo brasileiro não nos deixou poemas épicos, estando sua produção limitada à poesia lírica.